Em nosso livro, "Sob a Lupa do Economista" (Campus/Elsevier), utilizamos uma linguagem simples e acessível para apresentar diversas implicações da teoria econômica, discutindo também alguns dos resultados empíricos recentes.
O livro cobre uma diversa gama de temas, indo dos mais tradicionais (como inflação, déficit público, a crise de 2008/2009, comércio internacional, patentes e a indústria farmacêuticas) até os mais inusitados, mas que fazem parte da pesquisa acadêmica na área, como bruxaria, religião, terrorismo e futebol.
O livro é composto por 46 textos curtos e autocontidos. No link abaixo, o leitor pode encontrar uma amostra do nosso trabalho.
http://www.usp.br/feaecon/incs/download.php?i=537&file=../media/livros/file_537.pdf
O arquivo pdf contém nosso prólogo, o prefácio escrito pelo jornalista Heródoto Barbeiro, e dois textos: um tratando sobre o comércio de órgãos humanos, e outro discutindo as implicações de decisões individuais sobre o coletivo (como, por exemplo, o impacto de gasto individual de água sobre a conta paga por um condomínio).
terça-feira, 25 de agosto de 2009
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Parabéns pelo lançamento do livro. Como estudante de economia eu peço que essa criatividade também se estenda a iniciações científicas e monografias. Temas simples e interessantes são melhores que os complexos que exigem ferramentas cujos alunos desse nível ainda tiveram contato. Isso pode aumentar o interesse dos alunos por essa ciência e a abrir novas fronteiras...
ResponderExcluirAbs
Lendo o primeiro capítulo do Sob a Lupa do Economista - aquele que discorre sobre os comuns erros de comparação de dados nominais com reais, etc - não pude deixar de lembrar da última pérola do IPEA. Querendo defender o crescimento dos gastos com pessoal, o estudo chega ao cúmulo de afirmar que a produtividade do setor público cresceu mais que a do setor privado, uma comparação que nos deixa em dúvida sobre se é ignorância ou má-fé dos autores.
ResponderExcluirDudu e Mauro,
enviem uma edição do novo livro para o Pochmann.
Quem sabe ele aprende alguma coisa.
Definitivamente pintaram o IPEA de cinza.
Abs
Caio Machado
Boa idéia, Caio!
ResponderExcluirMauro,
ResponderExcluirEstive no lançamento do livro em Araraquara. Estou com ele em mãos e já constatei que, assim como outras obras de sucesso, inclusive internacional, o que torna o livro fundamental é a linguagem acessível.
Os temas abordados são relevantes, porém não inéditos para quem tem curiosidade e busca conhecimento. O livro prima pela exposição clara, concisa e contextualizada, encorajando o leitor a se aprofundar em temas que tem mais interesse. Parabéns.
Saudações,
Eduardo Rodrigo.
Muito obrigado, Eduardo! Fico muito feliz que você está gostando do livro.
ResponderExcluirOlá Professores de Macro autores de best-seller de Micro,
ResponderExcluirEntão, apesar de AINDA não ter comprado vosso livro, lendo a amostra grátis e vendo o índice dá pra ver que os temas pouco usuais marcam presença no livro.
Eis que me lembrei de um livro que é capaz de vocês também já terem lido: NUDGE, do Richard Thaler, de Chicago, agora traduzido para o português. Esse não chega a ser um livro de promoção científica como o de vocês (é mais de economia comportamental) mas também trata de temas “estranhos” à economia como casamento (inter-racial, homosexual), doação de órgãos, etc.
É bem interessante e de lá podem vir sugestões de posts polêmicos e discussões bem recentes sobre liberalismo e paternalismo. Aliás, os autores também lançaram um blog para que leitores sugiram outros “nudges”- a teoria inventada por eles que tem um pouco de “teoria da escolha default” e economia da informação.
No caso dos órgãos por exemplo, eles sugerem que a opção default seja que o corpo da pessoa depois de morta pertença ao estado e esteja, portanto, disponível para transplante sem delongas. Caso a pessoa não queira ter seu corpo “profanado” depois de morta, ela deve optar pelo contrário e – como constatado no livro – a preguiça impede muitas pessoas de “desmarcar essa opção”. Pode parecer meio bobo mas, como muitas das pessoas mortas aptas para transplantes morreram inesperadamente (acidentes, por exemplo), essa opção poderia salvar muitas vidas.
O que vocês acham da idéia? Anti-liberal demais?
Fica a dica aos leitores do blog.
Parabéns pelo livro e boa sorte nas vendas!!!
Abraços,
Felipe Insunza
Insunza!
ResponderExcluirEu gosto muito do Thaler. Leia "Winner's Curse", que é melhor e mais técnico que o "Nugde". Respondendo sua pergunta, não acho nada anti-liberal não. Gosto da proposta dos órgãos e gosto da ideia de obrigar as cantinas das escolas a exporem os alimentos saudáveis em lugares mais visíveis que os não saudáveis.
Abs
Sobre o texto da amostra, só não entendo por que vocês chegaram à conclusão de que a transação monetária de órgãos é "repugnante e até mesmo antiético". Repguntante, me parece, é fazer hemodiálise 3 vezes por semana ou morrer na fila a espera de um órgão. A alternativa sugerida continua fortemente dependende do altruísmo alheio. Provavelmente aumentaria o número de transplantes, mas me parece que ainda estaria longe de resolver o problema de demanda e oferta. Se a transação monetária no transplante de órgãos é assim tão pecaminosa, por que todos os agente envolvidos no transplante -- com a única exceção do doador -- se beneficiam monetariamente da transação (ok, o receptor não ganhar dinheiro, mas ganha a vida)? O médico cobra pra fazer a cirurgia, não? As indústrias farmacêuticas também ganham com os remédios do pós-operatório, certo? É claro que o mercado precisa ser regulado -- não deveria ser permitido a qualquer um vender o órgão, alguém que não estivesse em pleno domínio das faculdades mentais, por exemplo. .
ResponderExcluirO argumento de que só os ricos poderiam comprar um órgão -- bastante discutido quando se fala do assunto -- também é falacioso. Um aumento da oferta de rins significa que mais rins estarão disponíveis para todo mundo – inclusive os pobres.
Enfim, todo mundo ganha.
Concordo com você, bb. O problema é que a maioria das pessoas vê este tipo de transação como repugnante. Por isso que a grande maioria dos países proíbe transações monetárias por órgãos humanos.
ResponderExcluirMas isso tem um baita de um custo de bem-estar, justamente para as pessoas que tem que se sujeitar a um tratamento de hemodiálise. A alternativa que discutimos no texto é com certeza imperfeita, mas mitiga um pouco do problema (permite que algumas transações sejam feitas, mesmo com a proibição de trocas monetárias).
Se analisarmos apenas pelo fator custo,certamente o transplante é inviável.Mas certamente é pelo custo,é q as fontes pagadoras irão(ou deveriam)tomar medidas de prevenção muitissimo mais baratas e tambem incentivam a investir em tecnologias que barateiam o procedimento.
ResponderExcluirLi seu comentário sobre a tese do Leavitt sobre a queda do numero de criminosos(e crimes)X aborto.Li que os pro life(que tambem cometem crimes hediondos)contestaram,mas n estatisticamente e que tempos depois ,a tese fora confirmada.Mas mesmo o autor não disse que o aborto fora a melhor forma de se combater a criminalidade,apenas que explicou que quanto menor o numero de criminosos,menor a criminalidade.Mas há outras economias a se considerar:o custo médico e o custo social de gravidez indesejável que se refletirão na saude economica da adolescente(na maior parte destas gravideses indesejáveis).A grande lição do Freakonomics não são as constatações,mas sim que devemos examinar fatos com outros olhos que não os preconceituosos da sociedade branca-capitalista-protestante.
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